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segunda-feira, 4 de março de 2013

Sobre o espetáculo "Hamlet (EGO) trash"

(Fotos autorizadas: David Mafra)

EGO?
Viva Cesar Schneider!
Viva Maite Almeida!
Ah, se todas as releituras fossem iguais a você, seria bem mais instigante e divertido ir ao teatro num domingo a noite! 
Que bom vê-los em cena! 
Hamlet está enxuto nesta montagem que comemora os 30 anos da Cia. Rainha de duas cabeças. E como o ego é falado e re-falado, Cesar tira a roupa e mostra que, apesar de quadricentenário, esta ossada vai bem obrigado! 

Produção sofisticada
Crítica ácida











E a língua desse crânio continua afiada, e sai faísca para todo lado! Tá certo que às vezes fica coisa de gente ranzinza. Mas pra quem tá com cinquentinha, Hamlet continua mandando muito bem! E tem que falar mesmo, tem que gritar, tem que ser trash! Apesar da cultura ocidentalizada, da culpa cristã, do país de merda em que se vive, da corrupção que anda solta no Brasil, da mídia massiva e avassaladora, enfim... Estamos vivos! E eu to aqui escrevendo nesse blog! E como escrevo e elogio, ao meu modo, o espetáculo, aguardo o jabá pra breve!


Schneider
Almeida
Bonita de se ver, a encenação é vigorosa, da mesma forma que as interpretações. Não, os atores não são fantasmas. Eles são de carne e osso! 
E Scheider (neta da grande dama do Teatro paranaense, Lala -  pelo menos em pensamento) é muita carne numa atuação que ganha momentos singulares! A sua Gertrudes e a sua Ofélia, sustentadas pela dramaturgia consistente de Almeida, são memoráveis. Cesar, com seu ego carente, é empreendedor, autor, diretor, além de atuar, e manda ver nos solilóquios cranianos, no "parabéns pra você" e no epílogo da peça, em que sintetiza Shakespeare para os anos 2000! 
Confira, sem moderação. Filme, fotografe, compartilhe e curta, sem restrições!

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